Diversidade na Disney: um conto de culturas e inclusão

Rech Kuhn
Rech Kuhn
Lucio Fernandes Winck

Conforme Lucio Fernandes Winck, a Disney tem sido uma das maiores influências culturais do entretenimento global por décadas. Com um vasto catálogo de animações, filmes e séries, a empresa sempre contou histórias que ressoam com públicos de todas as idades. No entanto, nas últimas décadas, a Disney tem intensificado seus esforços para representar culturas diversas, incorporando narrativas autênticas e ampliando a representatividade. Mas como a Disney vem fazendo isso na prática?  

Como a Disney incorpora diferentes culturas em suas animações?  

A inclusão de culturas diversas nos filmes da Disney começou a ganhar mais destaque nos anos 90, com animações como Aladdin (1992), Pocahontas (1995) e Mulan (1998). Esses filmes trouxeram protagonistas de diferentes etnias e exploraram mitologias, histórias e tradições únicas. No entanto, com o tempo, a empresa passou a investir ainda mais na autenticidade dessas representações, envolvendo consultores culturais e respeitando melhor as nuances das histórias retratadas.  

Segundo Lucio Fernandes Winck, alguns exemplos recentes são Moana (2016), que celebra a cultura polinésia, e Raya e o Último Dragão (2021), inspirado em diversas tradições do sudeste asiático. Além disso, Encanto (2021) trouxe uma visão rica e colorida da cultura colombiana, com um elenco de vozes latinas e trilha sonora assinada por Lin-Manuel Miranda, garantindo um retrato mais fiel da identidade da região.  

Lucio Fernandes Winck
Lucio Fernandes Winck

A Disney tem se preocupado com representatividade em live-actions e séries?  

A representatividade cultural não se restringe às animações, destaca Lucio Fernandes Winck. Nos últimos anos, a Disney tem buscado trazer mais diversidade também para suas produções em live-action e séries. Um exemplo marcante é o remake de O Rei Leão (2019), que escalou um elenco majoritariamente negro para dar voz aos personagens, reforçando as raízes africanas da história.  

Além disso, a Marvel Studios, que faz parte do grupo Disney, tem investido fortemente em diversidade com filmes como Pantera Negra (2018), que celebra a cultura africana, e Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis (2021), com um elenco predominantemente asiático. No Disney+, séries como Ms. Marvel também têm desempenhado um papel fundamental ao destacar personagens de diferentes origens, como Kamala Khan, uma heroína muçulmana de ascendência paquistanesa.  

Como a Disney equilibra representatividade e respeito cultural?  

Embora tenha avançado na diversidade, a Disney também enfrentou desafios e críticas ao longo dos anos. Algumas produções antigas foram acusadas de estereotipar culturas, como os primeiros filmes de Dumbo e Peter Pan. Para lidar com isso, a empresa passou a incluir avisos sobre conteúdos sensíveis e a reformular narrativas para evitar representações problemáticas, conforme detalha Lucio Fernandes Winck.

Ademais, a Disney agora trabalha em estreita colaboração com especialistas culturais para garantir que suas histórias sejam contadas de forma respeitosa e autêntica. O live-action de A Pequena Sereia (2023), com Halle Bailey no papel principal, gerou discussões sobre inclusão e a importância da diversidade na indústria cinematográfica. A resposta do público mostrou como a representatividade é essencial para a identificação e o pertencimento de diferentes comunidades.  

Desafios e conquistas: como a Disney abraça a autenticidade cultural?

A Disney tem demonstrado um compromisso crescente com a representatividade cultural, trazendo histórias mais inclusivas e diversificadas para suas produções. Seja em animações, live-actions ou séries, a empresa busca equilibrar autenticidade e respeito às diferentes culturas que retrata. Lucio Fernandes Winck ainda frisa que embora ainda existam desafios, as iniciativas da Disney são um passo importante para um entretenimento mais plural e acessível para todos os públicos.

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