De acordo com o senhor Aldo Vendramin, com o crescimento da demanda global por alimentos e produtos de origem agropecuária, o Brasil desponta como um dos principais protagonistas no comércio internacional. A exportação no agronegócio se tornou uma estratégia poderosa para produtores que desejam expandir seus negócios e aumentar a rentabilidade. No entanto, entrar no mercado externo exige planejamento, conhecimento e uma estrutura sólida para atender às exigências internacionais.
Este artigo apresenta um guia prático para produtores rurais e empresas do setor que querem levar seus produtos para o mundo. Afinal, como transformar o campo em uma ponte com o mercado global?
Quais são os primeiros passos para começar a exportar?
O primeiro passo para exportar é conhecer bem o seu próprio produto e identificar quais mercados internacionais têm maior potencial de consumo para ele. É essencial realizar uma análise de mercado, levando em consideração fatores como demanda, concorrência, exigências sanitárias e barreiras tarifárias. Além disso, como evidencia Aldo Vendramin, é importante verificar se o produto está adequado às normas técnicas e de qualidade exigidas pelo país de destino.
Outro ponto fundamental é a regularização da empresa para operar no comércio exterior. Isso inclui a obtenção do RADAR (Registro e Rastreamento da Atuação dos Intervenientes Aduaneiros) junto à Receita Federal, além da emissão de notas fiscais de exportação e adequação do sistema contábil. Também é importante se capacitar em logística internacional, câmbio, e contratos internacionais, para garantir operações seguras e lucrativas.
Como adaptar o produto às exigências do mercado externo?
Cada país possui normas específicas de qualidade, rotulagem, embalagem e certificações, que devem ser respeitadas para que o produto seja aceito. Por isso, é fundamental estudar com atenção os padrões exigidos no mercado-alvo. Em muitos casos, será necessário adaptar o produto — seja na apresentação, no idioma da embalagem, ou em certificações como orgânico, fair trade ou halal.
Além dos requisitos técnicos, o produtor precisa se preocupar com aspectos logísticos e comerciais. Segundo o empresário Aldo Vendramin, isso inclui definir o tipo de transporte mais adequado, garantir que a embalagem suporte longas distâncias e variações de temperatura, e calcular corretamente os custos de frete, impostos e seguros. Também é fundamental estabelecer canais de comunicação claros com os compradores internacionais, seja por meio de feiras, plataformas digitais ou representantes locais.
Como ampliar os lucros por meio da exportação?
Exportar é mais do que vender para fora: é uma forma de agregar valor ao produto e à marca, ampliando as margens de lucro. Em muitos casos, como menciona Aldo Vendramin, o preço obtido no mercado internacional é mais vantajoso que no mercado interno, especialmente em momentos de valorização cambial. Além disso, a diversificação dos mercados reduz a dependência de um único público consumidor, tornando o negócio mais resiliente a crises locais.
Outra vantagem da exportação é o ganho de imagem e reputação. Um produto brasileiro bem aceito no exterior tende a ser valorizado também no mercado interno. Esse reconhecimento pode abrir portas para novos investimentos, parcerias e inovação. Além disso, o contato com mercados exigentes eleva o padrão de qualidade e incentiva a adoção de práticas sustentáveis, o que agrega ainda mais valor à cadeia produtiva.
Em conclusão, entrar no mercado internacional pode parecer desafiador, mas é uma oportunidade real para o agronegócio brasileiro se expandir e conquistar novos patamares de lucratividade. Como indica Aldo Vendramin, seguir um passo a passo claro é essencial para garantir o sucesso. Com apoio técnico, capacitação e visão estratégica, o produtor rural pode transformar sua produção em um bem valorizado no mundo todo.
Autor: Rech Kuhn