A integração entre diferentes usos em um único projeto urbanístico tem conquistado cada vez mais espaço no mercado imobiliário. De acordo com Fernando Bruno Crestani, os empreendimentos multiúso representam uma resposta inteligente às transformações das grandes cidades, que exigem soluções mais eficientes, sustentáveis e conectadas ao modo de vida contemporâneo.
O que são empreendimentos multiúso?
Empreendimentos multiúso — também chamados de usos mistos — são projetos que reúnem em um mesmo espaço construído diferentes finalidades: residencial, comercial, corporativa e até institucional. Um único empreendimento pode contar, por exemplo, com apartamentos, escritórios, lojas, consultórios e espaços de convivência integrados e planejados para funcionar em harmonia.
Segundo Fernando Bruno Crestani, esse modelo atende a uma demanda crescente por praticidade, mobilidade reduzida e aproveitamento inteligente do solo urbano, sobretudo em regiões de alto adensamento.
Tendência global impulsionada pelo novo comportamento urbano
O crescimento das cidades e a mudança nos hábitos de consumo e trabalho estão entre os principais fatores que impulsionam os projetos multiúso. A busca por soluções que minimizem deslocamentos, otimizem o tempo e proporcionem conveniência impulsiona a demanda por espaços que combinem moradia, serviços e trabalho em uma mesma estrutura.
Conforme destaca Fernando Bruno Crestani, o conceito de “viver, trabalhar e consumir no mesmo lugar” vem se consolidando em cidades que valorizam a qualidade de vida e o planejamento urbano integrado. Essa tendência é reforçada por diretrizes sustentáveis e por políticas públicas que incentivam o adensamento inteligente e o uso racional da infraestrutura urbana.
Vantagens para o investidor imobiliário
Os empreendimentos multiúso oferecem diversas vantagens do ponto de vista do investidor, tanto na incorporação quanto na rentabilidade de longo prazo. Em primeiro lugar, o mix de produtos reduz a exposição a riscos específicos de um único segmento, como o mercado exclusivamente residencial ou corporativo.
De acordo com Fernando Bruno Crestani, essa diversificação de usos permite manter a atratividade do projeto mesmo diante de oscilações econômicas, pois o investidor pode compensar eventuais baixas em uma área com a performance de outra. Além disso, o fluxo constante de pessoas gerado pela integração entre moradia, comércio e serviços valoriza o empreendimento e atrai novos negócios para a região.
Rentabilidade contínua e valorização do ativo
A combinação de usos também gera maior ocupação ao longo do dia e da noite, o que não só dinamiza o entorno como favorece a segurança e o consumo. Isso tende a elevar os valores de aluguel e venda por metro quadrado, além de contribuir para a valorização do ativo a médio e longo prazo.
Assim como indica Fernando Bruno Crestani, esse tipo de projeto costuma atrair investidores institucionais e fundos imobiliários por sua capacidade de gerar receita recorrente e manter a liquidez em diferentes ciclos de mercado.
Desafios e necessidade de planejamento qualificado
Apesar das vantagens, os empreendimentos multiúso exigem um alto nível de planejamento e expertise técnica. É fundamental integrar as diferentes funções do projeto de forma eficiente, garantindo acessos independentes, circulações otimizadas, compatibilidade de horários de uso e um regulamento interno que harmonize os interesses de todos os ocupantes.
Outro ponto importante é a necessidade de gestão condominial especializada, que compreenda as particularidades do modelo e consiga manter a funcionalidade e a boa convivência entre usos diversos.
Modelo que alia inovação, retorno e funcionalidade
Empreendimentos multiúso representam uma evolução natural do mercado imobiliário, combinando soluções urbanas inteligentes com excelente potencial de retorno financeiro. Para o investidor, trata-se de uma oportunidade de diversificar o portfólio, acessar múltiplas fontes de receita e participar de uma transformação urbana cada vez mais necessária.
Segundo Fernando Bruno Crestani, esse modelo tende a se expandir nos próximos anos, especialmente em regiões com vocação para adensamento, onde a eficiência do espaço urbano e a qualidade da experiência do morador e do usuário são prioridades. Incorporadoras e investidores que entenderem esse movimento estarão melhor posicionados para crescer com solidez e visão de futuro.
Autor: Rech Kuhn